-onde sempre falta mais um-
Eu queria o conforto de quem abraça
e não de quem é abraçado.
Queria expressar da única maneira que conheço
Queria saber chorar às vezes.
Sempre imaginei que sentaríamos juntos e
não falaríamos sobre o que aconteceu
mas do que acontecerá.
Juntos.
Queria poder ligar e lamentar meus mortos
sabendo que não iria usar isso contra mim. Um dia.
Eu sempre quero muita coisa.
E sei que tudo que eu quero
não é metade das coisas que mereço.
segunda-feira, 15 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Só volto semana que vem!
Para de perder tempo na vida e vá se divertir!
http://wagnerebeethoven.apostos.com/
Se você não rir, você tem problemas.
Mas tudo bem. Todo mundo tem:
http://cearensesinternacionais.wordpress.com/
http://wagnerebeethoven.apostos.com/
Se você não rir, você tem problemas.
Mas tudo bem. Todo mundo tem:
http://cearensesinternacionais.wordpress.com/
sexta-feira, 5 de março de 2010
PORRA, MAURÍCIO!!!
http://porramauricio.tumblr.com/
Quer saber o porquê?
http://omelete.com.br/quad/100025557/Texto_sobre_violencia_da_Turma_da_Monica_gera_controversia.aspx
Quer saber o porquê?
http://omelete.com.br/quad/100025557/Texto_sobre_violencia_da_Turma_da_Monica_gera_controversia.aspx
quinta-feira, 4 de março de 2010
trecho de uma peça abortada
"Kafka – Vim buscar o dramaturgo.
Vendedor de Carnes – Não temos nenhum dramaturgo.
Kafka – Então me dê um romancista, eu adapto. Sai mais barato.
Vendedor de Carnes – Não temos nenhum romancista.
Kafka – Contista?
Vendedor de Carnes – Não temos.
Kafka – Algum crítico? Pode ser algum que não vale nada.
Vendedor de Carnes – Só trabalhamos com produtos de qualidade.
Kafka – Então, um crítico de qualidade. ( Vendedor nega com a cabeça) Um autor de artigos? de crônicas? de notas?
Vendedor de Carnes – Não. não. Não.
Kafka – Então, um cínico. Me dê um cínico morto.
Vendedor de Carnes – Temos este. (mostra um corpo em putrefação)
Kafka – Mas isto aí é um espelho. Eu não quero um espelho. Quero algo que valha a pena.
Vendedor de Carnes – Isto é o comum de nossos dias. Quando aparece um espelho diante de nós, não é o queremos."
Vendedor de Carnes – Não temos nenhum dramaturgo.
Kafka – Então me dê um romancista, eu adapto. Sai mais barato.
Vendedor de Carnes – Não temos nenhum romancista.
Kafka – Contista?
Vendedor de Carnes – Não temos.
Kafka – Algum crítico? Pode ser algum que não vale nada.
Vendedor de Carnes – Só trabalhamos com produtos de qualidade.
Kafka – Então, um crítico de qualidade. ( Vendedor nega com a cabeça) Um autor de artigos? de crônicas? de notas?
Vendedor de Carnes – Não. não. Não.
Kafka – Então, um cínico. Me dê um cínico morto.
Vendedor de Carnes – Temos este. (mostra um corpo em putrefação)
Kafka – Mas isto aí é um espelho. Eu não quero um espelho. Quero algo que valha a pena.
Vendedor de Carnes – Isto é o comum de nossos dias. Quando aparece um espelho diante de nós, não é o queremos."
terça-feira, 2 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
PAULICÉIA CITY
-onde sempre tem lugar para um adeus a mais-
Parado, quieto, sob a neblina
a garoa fina e fria ao fundo
a mochila sobre um ombro
as mãos no bolso
e um olhar perdido.
Ela assim que ela devia me ver.
Parada, olhos azuis
cabelos negros e curtos
uma bela idade expressa nas marcas de seu
rosto.
Eu a via assim.
Olhamos, quase sorrimos e demos um passo cada um
em direção do outro.
O que havia era a promessa de um amor.
De uma paixão fugidia.
De um encontro bandido.
O que havia era uma intensão
uma tensão oculta
O que houve foi um carro chegando, buzinando, roubando de mim o seu olhar
O que houve foi um anuncio abafado da partida do meu ônibus.
O que houve foi a certeza de que não iria ser dessa vez.
A certeza de não viveríamos o desejo.
Que não seríamos felizes de um jeito único e louco.
A certeza que isso não aconteceria
nunca mais.
Parado, quieto, sob a neblina
a garoa fina e fria ao fundo
a mochila sobre um ombro
as mãos no bolso
e um olhar perdido.
Ela assim que ela devia me ver.
Parada, olhos azuis
cabelos negros e curtos
uma bela idade expressa nas marcas de seu
rosto.
Eu a via assim.
Olhamos, quase sorrimos e demos um passo cada um
em direção do outro.
O que havia era a promessa de um amor.
De uma paixão fugidia.
De um encontro bandido.
O que havia era uma intensão
uma tensão oculta
O que houve foi um carro chegando, buzinando, roubando de mim o seu olhar
O que houve foi um anuncio abafado da partida do meu ônibus.
O que houve foi a certeza de que não iria ser dessa vez.
A certeza de não viveríamos o desejo.
Que não seríamos felizes de um jeito único e louco.
A certeza que isso não aconteceria
nunca mais.
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