quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Ela tinha aquele sorriso meigo, aquele que eu sempre evitei. Tinha aquela cor nos olhos, aquela que eu nunca resisti.
Ela falou alguma bobagem ingênua. Riu de si mesma. Escondeu o rosto com as mãos em gesto automático. Se sabia boba. Ela mostrou todos os substantivos e adjetivos improváveis numa risada e num rubor.
Em 22 minutos eu já sabia sobre ela o suficiente. Em menos de meia hora eu já sabia que tudo ia mudar."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Eu corro. A luz que atravessa os galhos e folhas parece piscar. Isso me incomoda um pouco. Não dá tempo. Eu corro com medo. Tenho que desviar de fruta podre, bicho morto, raiz, qualquer coisa que escorregue. Eu corro com medo de morrer. Tenho sede, respiro mal e o ar me queima por dentro. Eu corro com medo de morrer aqui. Saio da floresta, o céu aparece na minha frente e diante de mim consigo ver o porto, te procuro com olhos ainda longe demais, te enxergo ainda distante, grito sem voz e você não me ouve. Quase choro, tudo dói. Não posso parar. Eu corro com medo de morrer aqui sem você."

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PAULICÉIA CITY

-onde as janelas não fecham corretamente-


O calor era maior dentro do que fora.
Havia um turbilhão de hormônios, fatos e desejos.
Eu pedia desesperadamente que ela voltasse.
A gente se arrepende fácil.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

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