terça-feira, 27 de novembro de 2012

em fase de transição

Uma amiga, sem querer (?), conseguiu me explicar o que estou sentindo, usando as palavras de um velho sobrevivente.

Mama, I'm Coming Home

Times have changed and times are strange
Here I come, but I ain't the same
Mama, I'm coming home
Times gone by seems to be
You could have been a better friend to me
Mama, I'm coming home

You took me in and you drove me out
Yeah, you had me hypnotized
Lost and found and turned around
By the fire in your eyes

You made me cry, you told me lies
But I can't stand to say goodbye
Mama, I'm coming home
I could be right, I could be wrong
Hurts so bad, it's been so long
Mama, I'm coming home

Selfish love yeah we're both alone
The ride before the fall, yeah
But I'm gonna take this heart of stone
I just got to have it all

I've seen your face a hundred times
Everyday we've been apart
I don't care about the sunshine, yeah
'Cause Mama, Mama, I'm coming home
I'm coming home

You took me in and you drove me out
Yeah, you had me hypnotized
Lost and found and turned around
By the fire in your eyes

I've seen your face a thousand times
Everyday we've been apart
I don't care about the sunshine, yeah
'Cause Mama, Mama, I'm coming home
I'm coming home

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A-5087

Hoje tem espetáculo.
Estamos dentro de uma mostra em comemoração aos 10 anos da Lei de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo.
Nunca ganhamos um fomento, e talvez nunca ganhemos, afinal, não somos de São Paulo... Mas é um apoio nosso ao evento e a lei em si, que já foi barrada algumas vezes, pela barbárie...

O espetáculo que vamos levar é o mais antigo em repertório, conta a história real de uma família de artistas judeus romenos e anões.

Abaixo uma foto da nossa estréia há cinco anos atrás, em Petrópolis - RJ



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

"Perdoar é divino. Então, foda-se"
~Rev.~

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Mudanças, estratégias e planos.

E uma decepçãozinha aqui e ali.

Ando pesquisando sobre o Rock'n'Roll... onde ele começa e quando ele acaba. Descobri que sou velho.

Texto de hoje:

"

Tinha acabado a apresentação, ainda havia algumas pessoas sentadas, conversando na platéia, isso me incomodava um pouco. Era como se meu trabalho de atriz não fosse forte o suficiente para expulsar essas pessoas do conforto de suas cadeiras e irem buscar refúgio nas suas casas, ou buscar uma fuga fácil em qualquer beco da cidade. Queria que minha realidade queimasse suas almas. Qualquer artista não estranha o fato de usar o termo “realidade” quando está falando de uma “fantasia”. Na arte as coisas meio que perdem o sentido que as pessoas dão para os sentidos. Sentei na beira do palco, peguei uma garrafa de água e fiquei esperando o camarim esvaziar para poder tirar a maquiagem em paz.
 - Oi.
Era pequena e magra, não era feia o suficiente para ser notada, mas nunca seria o que chamam por aí de “bonita”.
 - Gostei muito.
 - Do meu cabelo.
Ela riu. Mas com o corpo todo. De um jeito que se alguém olhasse de longe, parecia ser um exagero. Daqueles típicos das pré-adolescentes que precisam chamar a atenção. Mas não foi isso, foi espontâneo. De um jeito puro.
 - Não boba, da peça.
E já está me chamando de boba.
 - E já está me chamando de boba?
Dois ou três tons de vermelho correm por baixo de sua pele e mudam toda a cor do rosto dela.
 - Não, não é isso. Eu.. me desculpe.
 - Estou brincando.
 - Vocês saem depois da peça?
 - Vocês, quem? O pessoal do grupo? Essa irmandade fraterna chamada atores pobres do teatro moderno? Ou contemporâneo, sei lá.
 - Vocês, da peça.
 - Às vezes sim, eu saio sozinha. Eles vão para festas e bares para encontrarem os outros da mesma estirpe.
 - Eu gosto dessa palavra: estirpe.
 - Ela fica bem na sua boca.
Mais tons de vermelho, com rosa e roxo. Estou me encantando.
 - Eu preciso ir.
 - Não, não precisa.
 - Você precisa tirar a maquiagem.
 - Não, não preciso.
 - E eu não quero atrapalhar.
Tarde demais, menina. Eu já estou toda atrapalhada.
 - Eu vou indo, então.
 - Sozinha?
 - Sim.
 - Você tem opção, você sabe.
Cala a boca!
 - Eu não entendi.
 - Se você me esperar um minutinho, eu posso te explicar tudo.
 - A vida, o universo e tudo o mais?
Agora, eu que sorrio. Dou um salto, fico em pé e ainda estou mostrando mais dentes que o necessário para uma comunicação social e saudável. Saio correndo em direção da escada. Quero tirar todo esse pancake e fazer qualquer coisa com esse cabelo. Meu cérebro está a mil e meu coração também. Acho que é isso que eu queria, esse sentimento no público. Sentimento de urgência, de saber que a vida é outra coisa do que isso que estamos acostumados. Eu queria que o público sentisse a experiência física da euforia de uma paixão. Céus, acabei de dizer que estou apaixonada. Já não sei mais se é fantasia ou realidade, e não me importo. E não me incomodo se isso durar o mesmo tempo que a peça. E quando acabar, nem vou ficar esperando pelos aplausos, só vou querer agradecer por ter vivido isso."

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Bombando!

Fim do mundo está próximo.
E nossa estréia também!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Não consegui escrever aqui todos os dias. Tive bons motivos. Então não me culpo.

andei olhando uns blogs esses dias. Fiquei feliz. Depois da moda, algumas pessoas ainda se mantiveram às suas origens. Me gusta. Acho que ninguém mais lê. Mas, olha eu... Ainda com um blog.

Meu blog mudou, é fato. Antes, era só texto, agora eu estou aprendendo a escrever outras coisas. É a prática, né mes?

Ando com planos para uma ação popular. Um movimento. Pequeno, aqui no bairro. Mas algo tem que ser feito.


Texto de hoje:

"Uma mancha num papel, uma queimadinha na língua, e um pouco de amargo na vida. Houve uma época que o café me dava prazer também. Mas faz tempo. Isso era quando você vivia aqui comigo. Quando viver me dava um pouco de prazer também. Hoje, você, é uma mancha na minha vida, seu nome é um amargo na minha boca, e o que sobrou é essa foto, num papel que queimo agora."

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A moda do C ... alguma coisa
As siglas que indicam o cargo que o profissional ocupa dentro da empresa viraram estão disseminadas pelas grandes (e também pequenas) organizações. Seja para indicar interna e externamente o quanto um cargo é importante, seja para ganhar status, não se fala mais diretor-geral e sim CEO (chief executive officer). Abaixo um dicionário corporativo:

CEO - chief executive officer
É o cargo mais alto da empresa. É chamado também de presidente, principal executivo, diretor geral, entre outros. Quando existe um presidente e um CEO, o primeiro é mais forte.

COO - chief operating officer
A tradução é executivo chefe de operações. Geralmente o braço direito dos CEO´s.

CFO - chief financial officer
Um nome mais sofisticado para diretor de finanças.

CHRO - chief human resources officer
Mais conhecido como diretor de Recursos Humanos.

CIO - chief information officer
CIO - chief imagination officer
Responsável pelo planejamento e estratégia por trás da tecnologia. Pode ser também chief imagination officer, termo criado pela fabricante americana de computadores Gateway. É responsável por promover a criatividade entre o pessoal.

CTO - chief technology officer
Existe uma confusão muito grande. Geralmente o CTO comanda a infra-estrutura da área de tecnologia. Enquanto o CIO o seu uso estratégico.

CKO - chief knowledge officer
CLO - chief learning officer
Responsável por administrar o capital intelectual. Ele precisa reunir e gerenciar todo o conhecimento da organização.

CRO - chief risk officer
Além de gerenciar o risco nas operações financeiras, o CRO também é responsável por analisar as estratégias do negócio, a concorrência e a legislação.

CMO - chief marketing officer
Diretor de marketing. No BankBoston é o profissional responsável por cuidar também dos novos negócios e Internet.

Outras palavras bastante usadas:
Chairman - presidente do conselho
Country manager - diretor geral para o país

Fonte(s):

http://vocesa.abril.uol.com.br

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Crises de ansiedade, excesso de café.

texto de hoje:



"Sem risos, nem balões espalhados pela casa. Sem amigos escondidos, sem velas para serem acesas e depois apagadas. Sem desejos para serem assoprados. Sem canções, nem palmas, nem pedidos de discurso. A casa realmente quieta, as luzes estavam realmente apagadas, e era realmente seu aniversário. Isso não era uma surpresa, e nem era algo feliz.
Girou a chave, descalçou o sapato, e sem perceber esperou dois segundos a mais que o normal para ligar o interruptor. Estava vivo mais um ano, não era exatamente um bom motivo para comemorar.
Se arrastou pela programação insossa da TV; esfregou dos dentes com pasta, a pele com sabonete e os olhos com os dedos. Achava ridículo usar pijama, mas isso não o impedia. Achava ridículo sua condição, mas isso não o impedia. Achava ridícula sua tristeza, mas isso não o impediu de querer ouvir “feliz aniversário” de qualquer um que fosse.
Fechou os olhos e conseguiu dormir logo.
Parabéns."

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

PAULICÈIA CITY




- onde a ausência está sempre presente –


A parede já tinha perdido o calor
das suas costas
O chão já estava limpo
do seu sangue
As minhas costas já cicatrizavam
das suas unhas
Você já estava em casa
E eu estava sozinho.
Novamente.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Essa semana foi bem... curiosa.

Mas o que me chamou a antenção é que teve apresentação do "Carteiro das Bonecas" em BH - queria ter visto.

E teve uam demonstraçao do Plinio no Rio de Janeiro - Eu precisava ter visto.

Este ano e no ano passado fiquei muito tempo parado e depois tudo se acumula. Naõ sei se a falha é minha, mas deve ser.

Textinho de hoje:

"O teu seio brinca com o meu e se tornam cúmplices. Tua pele desliza na minha e me faz úmida. Tuas unhas se divertem, teus dedos me conhecem crespa, meus dentes mordem meus próprios lábios antes que você o faça. Meu pescoço é vítima frágil. Poderia contar cada parte de mim que se arrepia, mas não quero. Quero mais. Estou pronta, e sempre estive. Seus olhos não perdem tempo, meus olhos perdem o foco. Arranho meu esmalte, puxo o meu cabelo e te exijo. Você em mim sou eu. Me descubro fora de mim. Não penso, só peço. Não falo, só arfo, gemo e quero. Sou destruída em um milhão de pedacinhos que brilham e se espalham. Não sei como, me recomponho. Te olho. Nosso suor unidos em nós. O meu sorriso é um reflexo do teu. E nos desmanchamos. Agora somos duas. É uma estranha solidão esta: a de mim sem você dentro.”

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ando me atrapalhando... Tenho dois livros para escrever - necessidade própria; e se passar em dois editais que gostaria muito, terei que escrever mais dois.

texto de hoje:



"Ele pagara as contas da luz, água, celular, internet, e a do cartão. Só não pagou a do gás porque ainda usa bujão. Mas isso vai mudar, disse uma vez Janete, cansei dessa coisa feia e suja, não quero nem saber mais se esta vazando. Mês que vem, ou você encana o gás, ou leva um cano meu! Ameaçou Janete. Cidinho sabia das coisas. Janete ainda fazia alguma comida durante a semana, ele não queria perder esse prazer. Já estava cansado das pizzas, hot-dogs, beirutes, e o que mais entregassem na sua casa, mas Janete estava mais cansada que ele para ficar em frente do fogão. Cidinho lhe dava atenção, pagava suas roupas, não reclamava quando ela saía para dançar com as amigas, e não comentava que se ela estava tão cansada assim, devia era ficar em casa. Cidinho era um bom marido. não traía, nem nunca pensara nisso; e quando Janete não estava disposta, nem insistia no sexo, que praticava sozinho e escondido. Cidinho era bom para Janete, sabia disso. Mas as vezes ser um homem bom não é suficiente, ele pensou quando decidiu que sim, mês que vem, ia mandar encanar o gás"
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Conversando com minha amiga colombiana que mora na França... Que quer fazer teatro e não consegue. Não sei porque, ela tenta me explicar, mas sou limitado linguisticamente. Algo que queria melhorar, mas depois falo mais...

texto de hoje:

"Ela bailava ao som das velas. O ar, as sombras, as chamas, cantavam. E ela bailava. Os risos, as palmas, os gritos, eram molduras. Fechei as janelas para que o dia não nascesse. Meu peito batucava, meus olhos iluminavam, minha boca pedia mais. E ela bailava."

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

PAULICÉIA CITY



- onde há sempre um toque de veneno-


Havia impaciência
resmungos e intransigências
tudo isso em forma de mulher.
A larguei no ponto do ônibus.
Voltei
 comi um bife quase cru
coloquei Racionais bem alto
e deixei a porta aberta do banheiro.
A vingança pode ser boba
mas satisfaz

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Hoje tem ensaio com a Day e a Erica. - Quero fazer da sede onde ensaíamos um centro cultural, por isso estou tentando criar espeáculoos que possam ser apresentados lá, e que atraiam o público do entorno.

Estou pensando em públicar aqui também os textos que coloco no Face, assim, quem vier aqui tem mais um atrativo...

Farei isso a partir da semana que vem.

:O)

Só volto na segunda.


(queria ir para Paris.)

(mas quem não quer?)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estou cansado.

Cansado fisica e moralmente.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Na tentativa da ativa.

Ok.
Fiquei novamente muito tempo sem escrever aqui.
 Bem, vou tentar denovo,e com uma nova dinâmica:

* Decidi que os textos de ficções irei pubilcar no Face.

*Aqui colocarei as coisas mais pessoais e profissionais.
  vou tentar...

 Mas vou tentar seriamente. E tentarei fazer atualizações diárias - vai que alguém começa a ler, não é?


 :O)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

PAULICÉIA CITY

- onde a luz que te chama pode ser um olhar -
Sentado, pasmava
acreditando que pensava
desenvolvia planos e metas
Todos geniais.
Então a luz mudou, ela entrou no palco
e começou a dançar
Fiquei anos sem pensar em mais nada.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

"garota eu vou pra Dinamarca..."

Olá.
Vou para Dinamarca.Volto no no dia 03.
Depois eu conto.

"garota eu vou pra Dinamarca..."

Olá.
Vou para Dinamarca.Volto no no dia 03.
Depois eu conto.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

"Não há filme ou novela na televisão sem imagens de mulher traidora ou embriagada, ou perversa, ou hipócrita, ou tola, ou atrasada, entre outros adjetivos."
do livro "A Mulher entre as Civilizações" de Cheikh Hussein Wahdan

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

nada como ser bem tratado..."

"...não podemos desvalorizar o nosso expertise e nem o nosso tempo que seria dispendido com este trabalho"

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Última apresentação.

Neste domingo acontece a última apresentação da contrapartida do ProAC. É um texto extremamente poético - mais até do que eu esperava. O público tem amado esta peça - Bem mais do que eu esperava. Meu elenco é muito bom - Mas isso eu já esperava. Escolhi a dedo. E fui escolhido também. Bem... Este é o quinto trabalho do Teatro dos 108 Desejos, que foi criado para poder combater a homofobia, o objeivo é montar 108 peças e acabar. Espero que eu consiga.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

É bom ficar orgulhoso.

E está quase pronta a versão que o Professor Xavier e seus X-men.. ops... que o Professor Varlei e seu Brinquedo Torto estão aprontando. Este é meu quarto texto que é montado por outras pessoas além de mim, mas de todos, é o meu preferido.
O "Carteiro..." é uma das coisas que me deixa orgulhoso de mim mesmo. O fato de que alguém goste o suficiente dele para gastar horas e horas lendo, ensaiando, decorando, reclamando, doendo, ouvindo, ouvindo, ouvindo - como todo bom ensaio de teatro - Só aumenta esse sentimento dentro de mim.
Confio no Varlei, e tenho certeza que este elenco irá fazer uma obra formidável - só espero que não se sintam pressionados quando lerem isso - relaxem, e se esforcem naquilo que fazem de melhor: Se divertam! E divertam os outros com uma bela história.
:O)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Virei um editor da Wikipédia. Estou muito motivado com isto. Já escrevi dois artigos, e estou arrumando totalmente o artigo sobre o Luís Otávio Burnier. Não sabe quem foi? Vai lá ver! :O)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

“Eu já vi mais do que eu precisava, e menos do que eu merecia, e não há pinga o bastante para deixar tudo opaco o suficiente."

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Hoje é o dia do Escritor

E você pode contar nos dedos da mão do Lula, que escritor vive de literatura no Brasil. Não. Não estou brincando.

terça-feira, 24 de julho de 2012

“Eu não li Paulo Coelho o suficiente para acreditar em sinais, em coincidências, em simetrias cósmicas, algo assim. Eu não sabia nada do futuro e nem que eu poderia prever algo só olhar para aqueles belos seios. Eram do tamanho exato da minha palma. Eram vesgos, e se eu tivesse um pouco mais de imaginação, teria pensado que um apontava para mim, o outro para o seu marido. Mas eu não sabia que ele existia. Eu só sabia que meus seios eram menores, e que só olhavam para ela. Sabia do meu sabor, pelo que recolhia de sua saliva. Sabia do teu cheiro espalhado no meu lençol. Eu nunca tive muita imaginação, por isso repetia as mesmas cenas na minha cabeça, procurando a sua saliva no sabor dos meus dedos, esfregando minha pele no lençol em busca do teu cheiro. Meus seios doíam e lhe queriam. Disso eu sabia. Não precisei ler nada para entender isso. Assim como quando eu vi aquela aliança que nunca usada na minha frente. Mas ela não estava na minha frente, conversava com um homem que lhe segurava a mão com carinho correspondido. Segurava uma taça, com cinco dedos, dois anéis e uma aliança e sorria para ele. O seio, que nunca me olhou de frente, agora me fitava, e parecia rir de mim.”

segunda-feira, 23 de julho de 2012

" - Você não é escritor?
- Tenho cara disso?
- Eu já vi uma foto sua.
- Eu tambem, e não gostei nem um pouco.
- Eu li todos os seus livros!
- Eu também. E não me ajudaram em nada."

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Estudos I - morador da região

"O nome do desgracento é coisa que não se diz. (pausa) Se canta: (começa a cantar) “Sarrulho, galhofeiro, chifrudo fedorento, Pé em casco, olho vesgo, dente torto, dente mal, três risca em taludice, cicatriz de varapau, tu indo: deus-me-livre, tu voltando: credo-em-cruz, tu no claro: sarava, tu no escuro: nem matando, o teu nome não se fala, o teu nome: “tisconjuro”, o que se fala não se viu...” (para de cantar, mas mantém o tom) e o que se viu, não se fala."

terça-feira, 17 de julho de 2012

Estudo I - moço rico

"O que me custa? Terno de linho, sapato incolor, chapéu importado do Panamá, e esse anel. Pedra e ouro. Assim que tem que ser. O brilho dessa jóia, quando o sol bate, como me lembra seus olhos, como me lembra seu sorriso. O que te custa sorrir para mim? Teu pai já sabe: vai ser metade da terra, eleitorado na capital, já mandei cachaça e vestido. Quanto vale teu sorriso? É por quilo essa desgraça? Até um negro já mandei para teu pai! Você sabe quanto custa um negro? Porque você não ri para mim? Em quê você fica pensando quando quando eu e teu pai tratamos do nosso casamento? Que pensamento feliz é este? O que há de bonito no nada que você olha? O que te custa olhar para mim?"

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Estudos I - morador

"E acontece, e acontece, e acontece, e acontece. E é só isso que se faz. E é de fazê nó em tripa de doido, trança em cabelo de nêga, e três ponta em estrela d’alva. Digo, repito, e três digo se necessário for. O que houve, foi coisa que há, e há de haver até não parar de acontecer. Pois o acontecido aconteceu, o que acontece está acontecendo, e o que acontecerá? Virge Maria – Quenga Madalena, o que será que acontecerá? Não faz três dias e duas noites que se ouviu o último suspiro, mas foi um suspiro tão grande, do tamanho de uma serra de cinco montanha, mas que não valia um grão de poera cagada por cachorro sujo. O nome do desgracento é coisa que não se diz. Se canta: “Sarrulho, galhofeiro, chifrudo fedorento, Pé em casco, olho vesgo, dente torto, dente mal, três risca em taludice, cicatriz de varapau, tu indo: deus-me-livre, tu voltando: credo-em-cruz, tu no claro: sarava, tu no escuro: nem matando, o teu nome não se fala, o teu nome: “tisconjuro”, o que se fala não se viu...” e o que se viu, não se fala."

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Estudos I - senhora.

"Jagunçada, vai ter guerra! A gente tomous as roças, os cavalos de dois doutor, que arreglaram medo e foram bater nos costados do coronel. Eu também não queria mexer com o homem, mas ele temalgo queeu quero. E o que eu quero, eupego para mim. O que eu quero é meu. E tem outra coisa, mas isso eu não vou tomar não, eu vou pedir. Porque eu sou educada. Posso ser filha de puta, mas fui bem criada, e não sou de fazer desfeita. O que eu quero pedir é isso: a valentia de vocês. Nós fomos de rapina, todos juntos, em coisa grande e coisa pequena. Era da necessidade do sustento e todos aqui já sabem disso. Depois construímos casa, poço e muro. Todo mundo aqui,e inté eu, tem mais risco de lanhada de mato, que de cicatriz de faca. A gente, nós aqui, nunca foi vagabundo, se roubamo, se matemo, foi porque era nós ou eles. Cada um conquistou o direito de sossego. Eu não. Eu tenho assunto. Eu vou resolver. Vou carregar o bacamarte, a pistola, pegar a faca, o facão. Eu cortar tira de carne daquele homem, e adubar a terra com seu sangue ruim. Porque nós vai ter guerra meus cabras. E eu vou ganhar. E eu queria a ajuda de vocês. Não quero obrigá não. Porque algumas pessoas que eu tô vendo hoje, podem não voltar. Quem voltar, vai voltar mais rico, e mais sinhor de si, e mais orgulho de ser homem. Vocês tem três horas para decidir. Quem for ficar, não vai ser desmerecido por ninguém, já tô avisando que não quero disso aqui. Mas também, não vai ter história boa para contar pros filhos que já tão vindo por aí, parabéns Alcide, que o seu seja o primeiro de muito. Outra coisa, essa vai ser a última rapinage que vai acontecer, eu e os valente, vamo voltar com os bolso cheio de ouro, e montar cada um a sua roça, depois de tempo, é capaz de quem ficar, ter que trabalhar nas terra dos outro, chamar de patrão que hoje é seu companheiro de pinga. Mas isso é questão de gosto. Eu que não nasci para ser criado de ninguém. Agora vão. Na madrugada, só vou contar os cavalos arriado e tomar precisão de quantos cartucho precisemo. Quando voltar, serei dona de mais coisa que se imagina, eu e os meus que forem comigo. Quem for ficar, já disse, tua cabeça é teu guia. Deus nosso senhor guarde vocês. Mas se alguém não entendeu ainda, falo de novo: quem for ficar é para ficar de paz, se for para ficar de medroso, está no meio de gente errada."

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Estudos I - menina-moça

"O que há entre tu mais eu, é só distância. Isso se resolve num pulo, num galope de cavalo bravo. Se pra ti e pra mim, se pra dois de nós virar um só, se o problema for só esse: chão de terra. Nem que for de mula manca! Cada passo que eu der, é um tanto a menos de mundo que fica pra trás. E é isso que me importa. Eu pra perto de você. E seja sob o sol, e seja sob a lua. E que venha vento, pó e chuva. Que tenha rio, montanha, carrapicho, tiririca, espinho ou farpa. Se cada isso (mostra um pequeno espaço com os dedos) que conquisto, diminui o tempo que falta pra dormir no teu braço, me derramar no teu cheiro, eu enfrento. Se isso, esse espaço cheio de nada, se toda nossa dificuldade é estar em movimento. Me aguarde que tô chegando."

domingo, 8 de abril de 2012

Só para constar...

Corri 5km!

quarta-feira, 28 de março de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

"Disseram mais de vez que eu tinha outro irmão além daqueles tudo que eu via o tempo todo. Mas que este já era morto. Cadáver. já tinha vindo assim pro mundo. que eu mais ele vinha disputando espaço dentro de mãe e que só eu vinguei. cordinha do bigo meu, parece que enrolo no pescoço dele e assim faleceu. meu irmão era matado por mim antes mesmo de viver. Já pensei muito sobre isso. todo dia penso. Hoje eu penso que foi melhor assim. Se ele já era azarado antes de nascer a ponto de morrê enroscado, imagina de vivo o que ele ia sofrer. Ter tanto azar foi a melhor sorte que já vi."

segunda-feira, 12 de março de 2012

Morreus Moebius.


a arte existe porque a vida não basta.

Disse Ferreira Gullar.

Hoje descubro que Moebius está morto.

O homem que me apresentou Sonhos transformados em matéria, pela primeira vez na minha vida.

Antes de Dali. Antes de Miyazaki.

Apesar de seus inúmeros trabalhos solos, deixo aqui esta imagem do Batman.

O olhar do Artista sobre a realidade que lhe é apresentada, cria outras realidades. E assim, sucessivamente.

Como na Banda de Moebius...

sexta-feira, 9 de março de 2012

- Não me diga seu nome.
- Como assim?
- Não quero saber o nome com que teu namorado te chama.
- E você vai me chamar como?
- Vitória.
- Vitória?
- É. Vitória.
- E eu te chamo como?
- Cesar.
- Cesar? Não é o seu nome, né?
- Não. Cesar foi um conquistador, um imperador, um homem que conseguia muitas coisas.
- E o que este Cesar quer?
- O mesmo que o outro Cesar queria?
- Que seria?
- Vitória.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Corriam em direções contrárias, mas no mesmo sentido. Se encontravam depois do 2° quilometro dele, e bem depois do 4° quilometro dela. Era um bom dia quando tinham fôlego, ok, só aconteceu uma vez, depois era só uma mão levantada que não muito tempo depois acompanhava um sorriso. Um dia eles fez três quilômetros sem parar, e se sentiu pleno. Continuou o trajeto a pé e viu ela vindo. Decidiu.

- Vamos voltar?
- O quê?
- Faz o caminho de volta e eu te acompanho.
- E porque você não volta e me acompanha?
- Porque eu acabei de vir de lá. E não gosto de passado.
- E você quer que eu volte para o passado.
- Não, não. Ao meu lado, é só o futuro.

Ele podia dizer que viu um sorriso no rosto dela, mas não tinha certeza, e não importava. O que importava ali era que ela continuou correndo e talvez até um pouco mais rápida. Ou para compensar o tempo perdido, ou para se afastar dele, ou ainda, para dar a chance dele ver o futuro. Ela mesma.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hoje corri meus primeiros 2 quilometros!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Avaliação 2011 - Peças

Assisti 43 peças! Nem esperava tanto!
Assisti peças de mais de 15 estados diferentes e uma francesa.

De todas elas, a que mais gostei foi:

*O Patinho Feio

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Avaliação 2011 - HQ's

Li 56 títulos de HQ's em 2011.

Obras brasileiras, Americanas, Brasileiras - nenhuma européia - infelizmente.

Só selecionei os que estão finalizados - não coloquei obras ainda incompletas, nem as que são seriais e mensais, que assim sendo, não tem um final previsto. Excessão no caso de Fábulas, mas porque é seriado e mensal apenas nos EUA, aqui é lançado em encardenados aleatórios. Por isso, este ano, naõ entrou nem "Bakuman", nem "Escalpo" - ótimas obras que iniciei em 2011.

Vamos a elas:

*Kare Kano
*Kick-Ass
*Honey & Clover
*Fábulas
*Na Faixa de Gaza

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Avaliação 2011 - Anime

Assisti 29 animes - bem menos que no ano passado.
E peguei uma leva de animes ruins! Os últimos foram bem sofridos.
Tirando NARUTO que é sempre o melhor, e RANMA 1/2 que todo ano revejo... o Top Five 2011 é:

*ef~a tale of melodie
*Arakawa Under The Bridge
*Kimi ni Todoke
*Aoi Bungaku Series
*Higashi no Eden

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Revisão 2011 - Séries

Assisti 26 temporadas de séries - entre americanas, canadenses (só a produção) e inglesas. Assisti uma brasileira.

Surpresas boas, algumas novidades no gênero, não há muito o que falar, vamos a elas:

*Gilmore Girls
*Dead Like Me
*Dexter
*Californication
*End Game

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Avaliação 2011 - Doramas

Assisti 22 doramas em 2011.

É uma aula!
É chocante ver as interpretações, os roteiros, as idéias absurdas que geram aquelas histórias, o grandiosidade do mercado para atores, para realizadores, enfim... Além de gostar muito, fico, normalmente, embasbacado.

segue a lista de melhores do ano (foi difícil!)

*Smile
*Love Shuffle
*Tsuki no Koibito
*Bambino
*Densha Otoko

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Avaliação 2011 - Filmes

Foram 135 filmes.

Teve de tudo, de alguma forma assisti filmes de todos os continentes, apesar de ter visto pouca animação -que foram só duas, mas ótimas, achei melhor escolher uma só e ficou o mestre Satoshi Kon.
Alguns filmes foram escolhidos como obra completa, outros entraram devido a algo que me surpreendeu, mas nenhum "bom" filme não entrou na lista em detrinemento de algo subjetivo - acho.
Vi alguns filmes que falavam a mesma coisa - e todos muito bons, mas achei melhor escolher um do "gênero", ficou o filme turco.
Entrou alguns devido ao roteiro, outros devido a técnica, nenhum entrou pela atuação.
Como todas as listas, esta pode ser bem injusta, mas fazer o quê?

bem, vamos lá.

5 Melhores filmes:

*A Atriz Milenar
*Sonho de Valsa
*Contra a Parede
*O Ódio
*A Patrulha da Montanha

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Avaliação 2011

Em 2011, eu:

Estreei 05 peças.
Cumpri 03 temporadas - duas em São Paulo, uma no Rio de Janeiro.
Participei de 03 festivais nacionais de teatro.
Ministrei oficina de teatro iniciação em Diadema.
Ministrei oficina de literatura em São Bernardo do Campo.
Ministrei um workshop sobre fisicalidade cênica no Rio de Janeiro.
Comecei meu grupo de Butoh.
Publiquei uma matéria sobre "Mulheres e Mangá" numa revista especialiazada.
Ganhei um prêmio de literatura.
Ganhei um prêmio de mímica.

E li 63 livros.

destes os 05 melhores foram:

*Teatro, Solidão, Revolta
*Dance, Dance, Dance
*Norwegian Wood
*Beleza e Tristeza
*Mar Inquieto