segunda-feira, 16 de julho de 2012

Estudos I - morador

"E acontece, e acontece, e acontece, e acontece. E é só isso que se faz. E é de fazê nó em tripa de doido, trança em cabelo de nêga, e três ponta em estrela d’alva. Digo, repito, e três digo se necessário for. O que houve, foi coisa que há, e há de haver até não parar de acontecer. Pois o acontecido aconteceu, o que acontece está acontecendo, e o que acontecerá? Virge Maria – Quenga Madalena, o que será que acontecerá? Não faz três dias e duas noites que se ouviu o último suspiro, mas foi um suspiro tão grande, do tamanho de uma serra de cinco montanha, mas que não valia um grão de poera cagada por cachorro sujo. O nome do desgracento é coisa que não se diz. Se canta: “Sarrulho, galhofeiro, chifrudo fedorento, Pé em casco, olho vesgo, dente torto, dente mal, três risca em taludice, cicatriz de varapau, tu indo: deus-me-livre, tu voltando: credo-em-cruz, tu no claro: sarava, tu no escuro: nem matando, o teu nome não se fala, o teu nome: “tisconjuro”, o que se fala não se viu...” e o que se viu, não se fala."

Nenhum comentário:

Postar um comentário