segunda-feira, 31 de maio de 2010

A estréia foi ótima, assim que tiver fotos, coloco aqui.

Amanhã tem outra estréia.

Amanhã eu aviso.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ofélia - Estréia


Muita correria.
Muito trabalho!

Amanhã viajo para Petrópolis - RJ, onde estreamos o espetáculo Ofélia.
É meu segundo texto que faço uma re-montagem. Estou muito feliz com o resultado!

A atriz - Ana Cecília Reis - é ótima. Esperta, dinâmica, sem frescura...
Entende teatro como eu entendo teatro.

Tenho orgulho dela.
Tenho orgulho desta peça.

Se eu fosse você, eu iria...

Pretendo falar mais quando voltar.

E quando voltar tenho mais duas estréias na mesma semana.

Com calma, tudo volta ao normal!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

"Ele tinha uma cicatriz de queimadura que percorria do pescoço até o cotovelo esquerdo. Motivo de sobra para apanhar na escola, crescer isolado e mergulhar em livros.
Ela tinha uma cicatriz de queimadura na altura do abdômen, O suficiente para não usar biquíni, dizer não para todos os meninos de todas as festas e gostar de filmes.
Se conheceram sem querer num lançamento de um livro do lado de um cinema. Ela viu a cicatriz dele e disse oi. Ele não via a dela e fugiu como pôde.
Se esbarraram fugindo da Parada Gay. Muita alegria junta. Muitos braços, pescoços e tórax nus juntos. Ambos não bebiam mas tomaram uma cerveja. Ambos achavam que o outro gostava. Viram que erraram e contaram a verdade. Ele mostrou a dele. Ela mostrou, mas no escuro, no apartamento dele.
Ficaram juntos desde então e tiveram três filhos, dois eram gêmeos.
Quando eles completaram 4 e 5 anos, não tiveram nenhuma conversa, mas sim um olhar tranqüilo e cúmplice.
Derrubaram então água fervente enquanto as crianças dormiam.
Agora sim eram uma família."

quarta-feira, 5 de maio de 2010

"O primeiro toque é nos pêlos finos. Alguns se dobram, outros se partem.
O segundo toque é minúscula camada de queratina. Consigo repartir ao meio algumas dezenas de poros.
O terceiro toque já é na epiderme. Doeria agora se o movimento fosse mais lento.
Quarto toque: Derme. Finalmente algumas veias e artérias. Finalmente um pouco de cor.
Quinto toque é só gordura. Pouca no teu caso. Sorte no meu.
No sexto toque já é o estômago. Agora sim que isso fica divertido. É o pior lugar que existe para enfiar uma faca. Se você estiver comido, os ácidos, a meleca e tudo o mais sai para fora, infecciona, bactéria do ar entra, cria pus. Dói. Se você não tiver comido nada, só dói.
O sétimo toque não é meu. É da morte.
Eu não mato ninguém. Só faço o furo."

segunda-feira, 3 de maio de 2010

PAULICÉIA CITY

-onde os corpos ocupam o mesmo espaço-


Seus seios perfeitos se movimentando graciosamente
Seus cabelos grudados no suor da testa
Seus dedos pequenos se apoiando no meu tórax
Sua musculatura contraindo fazendo nós dois gozarmos juntos.
Um momento perfeito.
Pena que não era ela
que estava ali
em cima de mim.