sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"A gente sai do bar, e a neve começa a cair, de forma tão lenta e quieta, que eu só percebo quando para o cabelo dele, já desarrumado pelas risadas e álcool, e vejo os pontos brancos. Penso, no momento totalmente indevido,mas devido as risadas e álcool e vontades, que o branco da neve é diferente do que eu esperava, pensava que fosse. Achava que refletisse mais as luzes do entorno. Uma cai perto de sua boca e eu me seguro a tentação de pega-la com a língua de uma maneira totalmente, e inesperadamente sã, que até me surpreende. Ele olha minha cara e ri. De novo. E mais. E eu rio junto. E ficamos assim. Cúmplices de desejos íntimos secretos que talvez nunca sejam ditos e concluídos, compartilhando frio, neve e graça."

3 comentários:

  1. nossa, q sintonia. escrevemos coisas que têm as mesmas idéias, apenas mudamos as palavras, a forma de dizer, ou a ordem delas.

    adoro te ler (será que freud explica isso?) :o)

    beijos enormes e saudades!
    espero q justifique seu sumiço com muito trabalho cultural!
    k.

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  2. Segredos secretíssimos que só o olhar revela ... adoro-os!

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