terça-feira, 19 de fevereiro de 2013



"Com muito esforço, venci terrenos e inimigos, e conquistei minha vitória. Agora, e a partir de então, minha fronteira era eu! Tudo que houvesse da minha pele para dentro era meu, e só a mim dizia respeito. Demarquei e exibi minhas superfícies não aleatórias cobrindo-as de vermelho e dourado: as cores do meu reinado. Criei postos de pedágio, alfândegas; proibi hospedagens e destruí qualquer possibilidade de invasão estrangeira. Meu corpo não era uma democracia. Invadi, tomei o governo de assalto, e apliquei minha nova política ditatorial. Instaurei meu golpe de estado do prazer de ser eu. Me amei. E me armei. Me coroei imperatriz. Minhas leis eram rígidas, mas necessárias. Recorrer ao erro era uma cultura muito antiga e muito praticada entre os meus. Sabia que em breve seria deposta. Todo reinado tem seu fim, era só esperar. Mas esse momento de espera seria repleto de glórias e primaveras. Possivelmente, eu até mesmo seria traída por mim. A plebe nunca está satisfeita."

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