segunda-feira, 18 de março de 2013

PAULICÉIA CITY




-onde os homens são homens, pena que eles não estão lá-


Sentado na mureta do viaduto
da maior rodovia da cidade
olhava o céu que mudava de cor.
Olhava os pequenos vaga-lumes se acendendo como postes
e janelas ao longe.
Em alguma dessas casas eu já deveria estar.
Alguma daquelas luzes não era mais a sua.
Usava a baixa-pressão para justificar aquela umidade que se formava nos meus olhos
Mas eu não conseguia justificar
o erro
aquilo que passei a reconhecer como pecado
nem a certeza de que nunca mais seria feliz.

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