"Ela estava sorrindo. Não havia
muitos motivos para isso, mas nem pensava nisso, sorria e pronto. Esticou os
braços, as pernas, cheirou a própria pele, e lembrou de uma história engraçada
que é particular demais para registrar aqui. Decidiu pela roupa que usar a
noite começando pela lingerie, que era simples, bonita, nova e confortável. Do
jeito que gostava. Não tinha o que reclamar do seu corpo, até agora ninguém
nunca tinha reclamado, e sabia que não era uma roupa que ia ficar escondida a
maior parte da noite que ia lhe deixar mais bonita. E também, se houver tempo e
luz suficientes para analisar a calcinha e o sutiã, para que eu vou então, né?
E deu uma fungadinha no fim do pensamento. Para confirmar o pensamento e dar um
jeito numa coceirinha no nariz. Saiu andando até o quarto para confirmar se ia
de saia ou calça. Mulher quando quer, quer. Escolheu a saia e foi para o banheiro.
Lavando os cabelos começou a pensar nos motivos que a levou a aceitar o jantar,
mesmo imaginando onde seria o café-da-manhã. Achou que eram motivos suficientes,
e desligou o chuveiro cantando uma música que era mais velha que suas roupas.
Riu de sua própria vergonha. Quando terminou a maquiagem simples, gostou do que
viu. Ainda estava sorrindo. Ela era sincera e sorria quando queria. Foi atender
a campainha pagando todas as luzes que ia deixando para trás. Abriu a porta e
gostou do que viu. Ela sorria e pronto."
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário