quarta-feira, 18 de agosto de 2010

um rascunho para Fátima Mesquita

Ela abriu a cortina e a minha vontade de chorar foi maior. Mas havia algo de puro no seu sorriso, que me trouxe para perto, como para sofrer, como se fosse uma oferenda.


- Um céu de brigadeiro!
- Porque? Ele está marrom?
- Como assim? É brigadeiro porque ele está limpo, limpo, limpo. Azul lindo.
- O único brigadeiro que conheço é aquela bolinha de chocolate.
- Não boba, brigadeiro também é coisa de exercito, que nem sargento, essas coisas.
- E o que tem a ver?
- Não sei, mas você acha que ia existir uma bolinha de chocolate chamada Luiz Antônio?
- Ela podia ser casada com a bolinha de chocolate Faria Lima.
- Farinha Lima.
- Argh, uma farinha com gosto de lima.
- Melhor que um chocolate com sabor de Luiz Antonio.
- Será que eles são o bem-casado?
- E a Maria-Mole e a Carolina, elas tem um caso?
- Qual delas tem pé-de-moleque?
- Eu queria um Sonho.
- Eu te dou um sonho se você me der um beijinho!

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